Louis Vuitton
27/07/2022O tradicionalismo, luxo e inovação de Louis Vuitton
Tendo suas raízes na França do início do século XIX e considerada a marca de luxo mais valiosa do mundo em 2016 pelo BrandZ, Louis Vuitton é um sonho de consumo que une inovação, beleza e praticidade.
Desde o princípio a marca está fortemente ligada a ensinamentos passados de geração à geração que caíram no gosto de toda a Europa, conquistando corações e bolsos.
Uma história digna de filme
Como todo filme de superação sempre conta com um protagonista sonhador e batalhador, nessa história nós temos o fundador de toda essa grandiosidade: o Louis Vuitton.
Ele nasceu em 4 de agosto de 1821 no vilarejo montanhoso de Anchay, distrito de Jura na França. Sua família era composta de carpinteiros, moleiros e artesãos.
Com o sonho de aprender o ofício familiar e de inovar, Louis se mudou – à pé – para Paris, onde foi contratado como aprendiz pelo ateliê Monsieur Maréchal, onde aprendeu a construir caixas e baús sob encomenda.
Foi nesse ateliê que o dom do jovem Louis Vuitton foi mostrado ao mundo: rapidamente se tornou um dos principais artesãos, e durante 17 anos continuou a trabalhar e aumentar seu reconhecimento em Monsieur Maréchal.
Em 1954 a fama que seu nome já tinha não cabia mais no ateliê onde trabalhava, fazendo com que Louis – agora já com 38 anos – abrisse o seu próprio ateliê na rua Nueves-de-Capucines, 4.
Iniciava-se assim a história da marca, pelo ateliê Maison Louis Vuitton Malletier com apenas 20 funcionários.
Fazendo jus à carreira de Louis, o primeiro produto vendido pelo ateliê foi uma inovação que atendeu perfeitamente a demanda dos clientes já fiéis: uma mala reforçada com ponteiras de metal e revestida com material impermeável.
A partir daí o ateliê passou a se expandir de forma grandiosa, tendo 100 funcionários em 1900 e 225 já em 1914. O local também passou a ser a residência oficial da família Vuitton.
O filho de Louis, Georges Vuitton, resolveu seguir os passos do pai, e em 1885 já trabalhava em seu ateliê. Neste mesmo ano e com o apoio de seu filho, eles inauguraram sua primeira loja fora de Paris, em Londres.
A marca passou por dois momentos importantes em 1886: a implementação dos fechos inteligentes e invioláveis por Georges e os problemas com imitações que já tinham se tornado rotina.
Investir nos fechos inteligentes agregaram muito à fama da marca, principalmente porque eram nas malas e baús que as pessoas guardavam toda sua vida e história durante as viagens, e os roubos eram frequentes.
Com toda essa atenção voltada para os Vuitton muitos tentaram reproduzir suas criações e vender como peça original, sendo necessário o desenvolvimento de algo que mostrasse a autenticidade da peça.
Louis Vuitton faleceu em 27 de fevereiro de 1892 em Paris, e a prova máxima de que seu legado continuava mais do que vivo chegou em 1896 com a criação do logo “LV” da marca, que iria ser colocado em todos seus por hora com os problemas de falsificações.
Após a morte de Georges Vuitton em 1936 a marca passa a ser comandada pela última vez por um integrante da família Vuitton: Gaston-Louis Vuitton, filho de Georges.
Assim como seu avô e pai, Gaston também trouxe contribuições incríveis para o crescimento da marca, como a criação e um tecido impermeável mais maleável que é utilizado até hoje.
Também foi o neto de Louis que inventou o The Library Trunk, uma baú com gavetas secretas e prateleiras voltados para escritores – sendo utilizado por muitos ícones da escrita.
A empresa foi assumida por Henry Recamier em 1977 e em 1987 se juntou às empresas Möet et Chandon – de champanhes – e Henessys – de conhaques – para criar a marca LVMH, especializada em incorporar marcas de luxo.
Em 2007 por meio do estilista Marc Jacobs a marca começou a trabalhar também com roupas, sapatos, jóias e relógios, apesar de ter a fabricação de malas e bolsas como carro-chefe.
Nos dias atuais
O local do primeiro ateliê e da casa pessoal de Louis Vuitton foi preservado e até hoje é utilizado: a casa tornou-se um museu e cerca de 170 artesãos trabalham no ateliê com os produtos sob medida e projetando artigos em couro e canvas.
Um dos descendentes da família, Patrick Vuitton, é o chefe do departamento de Special Orders, fazendo produtos que devem atender ao gosto de seus clientes não importa o quão extravagante seja.
Principais bolsas da Louis Vuitton
Qualquer produto vendido pela marca vale à pena e tem sua qualidade garantida, mas é claro que sempre há os modelos queridinhos dos clientes e que estão entre os mais requisitados:
- Néonoé: para mulheres modernas e joviais, entre R$2.710 à R$8.100
- Neverfull: uma bolsa que “nunca está cheia”, entre R$4.400 à R$7.350
- Alma: favorita das famosas e bem estruturada, entre R$3.700 à R$62.500
- Saumur: pequena, jovial e única, por R$5.550
- Keepall: um dos maiores modelos disponíveis, entre R$4.900 à R$20.200
- Chain Louise: charmosa e sofisticada, entre R$7.650 à R$54.000
Como saber se sua bolsa é autêntica?
Para ter certeza de que adquiriu um produto original da Louis Vuitton – ou se está a comprar um – você deve ficar atento para quatro características importantes:
- O material da bolsa
Todo a bolsa deve ser construída com materiais de altíssima qualidade, e principalmente com couro legítimo.
- Fechos e metais
A logomarca de Louis Vuitton deve estar gravada em todos os fechos de forma legível e simétrica.
- Costura
Você deve ver se todos os pespontos são iguais dos dois lados da bolsa.
- Código de autenticidade
Deverá ter um código de autenticidade marcado numa etiqueta em um dos bolsos, gravado diretamente no couro ou diretamente no forro.
Onde comprar?
Como forma de reduzir as chances de falsificações, a quantidade de produtos disponíveis na loja online da Louis Vuitton (https://www.louisvuitton.com) é reduzida e disponível apenas para 9 países.
No Brasil temos 6 lojas da marca: uma em Brasília, duas em São Paulo, uma em Curitiba e duas no Rio de Janeiro.
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